quinta-feira, 28 de março de 2013

Exames

Ae galera! trago boas novidades sobre o meus exames.
Em meu último Ecocardiograma foi constatada a diminuição do meu ventrículo esquerdo, ou seja, a troca da válvula aliviou o esforço do coração, evitando uma futura insuficiência cardíaca (que não tem cura). Estou muito feliz com os resultados, falta pouco para atingir o normal.
Abaixo está a comparação do meu primeiro eco, antes da troca da válvula e os últimos exames.

VENTÍRCULO ESQUERDO - DIÂMETRO DIASTÓLICO
15/05/2011 - 71 mm - NORMAL ATÉ 54 mm
03/01/2012 - 60 mm - NORMAL ATÉ 54 mm
25/02/2013 - 56 mm - NORMAL ATÉ 54 mm

e vida normal!!!!!!!!!!!!

abração a todos e obrigado pelas mensagens

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

1º aniversário

Pois é... dia 14/10/2012 completei meu primeiro ano de válvula aórtica nova, e o que tenho a dizer para vocês, é que me sinto ótimo, totalmente recuperado, feliz da vida, ao lado da minha família amigos e colegas. Estou fisicamente ativo tentando outras modalidades de esportes, que não o futebol minha eterna paixão. Aguardo ansiosamente um avanço na medicina para, talvez, poder voltar aos campos e quadras. Nunca perderei a esperança, mas enquanto isso, eu procuro alternativas como natação, tênis, caminhadas corridas e até mesmo treinamento físico, tático e técnico do boxe. Não tenho limitação em nenhuma dessas modalidades vida extremamente NORMAL, como se nada tivesse acontecido. Procuro manter uma alimentação saudável, sem muitos exageros, mas não deixando de lado um bom Churrasco e uma cervejinha.
Passado este ano, não posso deixar de renovar meus votos de agradecimento a Deus, Nossa Senhora Aparecida, minha mãe Fátima Heloisa, meu pai João Francisco, minha namorada Cristiane, minha família e amigos do coração e aos meus médicos terrenos Dr. Edemar Pereira, Renato Kalil e ao meu médico espiritual, Bezerra de Menezes e equipe. Amo todos vocês.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

     Este blog tem como objetivo trazer um pouco de informação, um relato de experiência própria e lição de vida sobre a cirurgia cardíaca, mais especificamente a troca da válvula aórtica. Vale lembrar que usando a teoria do treinamento físico, onde existe o princípio da individualidade biológica que é: “um fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100)  que cada corpo reage de uma forma aos estímulos aplicados, ou seja cada pessoa reagirá de uma forma a cirurgia.
    
      Olá meu nome é Tiago Amaral da Silva, tenho 27 anos, não fumante, praticante ativo de atividades físicas, e dia 13 de outubro de 2011 fui internado no Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia localizado em Porto Alegre/RS para uma cirurgia de troca de válvula aórtica.

     “Minha história começa em março de 2011 onde apresentei sintomas de sinusite, tratada com antibióticos receitados pelo meu otorrinolaringologista. Após uma aparente melhora retomei minhas atividades e logo fui afetado por uma osteíte púbica que me deixou em torno de um mês sem levantar da cama devido a fortes dores irradiadas ao músculo adutor, com origem na região. Em minha segunda tentativa em retornar a vida normal após melhora do meu quadro de osteíte, começaram fortes dores no quadril o que novamente me levou a cama e me tirou mais um mês de minhas atividades laborais. Pelos sintomas do meu quadro, somado a febres altas, que não cessavam, fomos orientados pelo meu ortopedista a uma internação hospitalar para averiguação dos meus problemas. Internado no Hospital Divina Providência começaram a bateria de exames, e a visitas de diversos médicos tentando identificar a origem do meu problema. Durante o exame  cardiológico e de sangue, surgiu a surpresa que causaria esta grande mudança na minha vida. Foi constatado a presença de um sopro cardíaco que provavelmente era congênito e eu estava com uma bactéria no sangue chamada streptococos SP. Esta bactéria poderia estar me causando uma endocardite, destruindo minha válvula aórtica, agravando meu problema de sopro e que a alternativa futura seria a troca desta válvula. A informação caiu como uma pedra na minha cabeça, já que nunca tive problemas cardíacos, sou fisicamente ativo, nunca tive falta de ar, fui acompanhado até os 12 anos por pediatra, ou seja, totalmente assintomático. Passei em torno de 24 dias internado, tomando alta carga de antibióticos. Meus outros problemas locomotores, pelos quais fui internado, acabaram ficando em segundo plano, tratados apenas com fisioterapia e gelo. Ao fim de tudo meu diagnóstico não mudou e a troca de válvula aórtica era inevitável, a contra ponto os outros problemas foram sanados, não estava mais com a bactéria, e a osteíte e o problema muscular estava melhorando gradativamente. 
     Esta próxima etapa do tratamento da minha saúde foi a mais complicada, pois ninguém neste mundo está preparado para fazer uma cirurgia de grande porte como a cirurgia cardíaca, porém o medo é uma coisa natural do ser humano, não aceitamos de primeira e passamos alguns dias sem acreditar, no meu caso, meu problema de válvula não estava interferindo na minha vida, mas com certeza no futuro eu poderia ter problemas mais sérios como sofrer de insuficiência cardíaca. Após alguns dias, entramos em uma fase de aceitação, nos conformamos do nosso problema e buscamos enfrentá-los, inicia-se uma busca a informações, médicos, e alternativas para resolvê-lo. Nesta fase é essencial o apoio da família e dos amigos. 
Busquei médicos, escutei diversas opiniões, pesquisei em sites confiáveis na internet, participei de uma reunião de grupo com uma psicóloga e outras pessoas que passariam pelo mesmo procedimento oferecido pelo hospital, tudo com o objetivo de tentar amenizar alguns medos referente a cirurgia, anestesia e recuperação. 
O próximo passo foi decidir os médicos, tanto o clínico que iria fazer meu acompanhamento quanto o cirurgião, e fazer os exames necessários para verificar o resto da minha saúde. Minha cirurgia foi adiada duas vezes por incompatibilidade de agenda com os médicos, o que de certa forma foi bom, pois aliviou a carga emocional e o me nervosismo e de minha família. Finalmente chega o grande dia, 13 de outubro de 2011, às 9 horas da manhã dei entrada no hospital em jejum de 12 horas, acompanhado de meus pais. Fiz raio x, coletaram sangue arterial e venoso, confesso que a coleta do primeiro o punho fica um pouco dolorido visto ser feito num lugar sensível e a artéria ser mais profunda que a veia. Passei o dia tranqüilo me distraindo com palavras cruzadas e jogando cartas com a minha mãe, tentando não pensar no dia seguinte. Recebi visitas do médico do pré-operatório, da anestesista, do meu médico clínico e do cirurgião, todos me passaram tranqüilidade, explicaram todos os detalhes do procedimento e sanaram as últimas dúvidas que eu tinha.     Grande dia, minha cirurgia estava marcada para as 13 horas e 30 minutos, outro jejumzinho básico desta vez de 6 horas, passei por uma lavagem estomacal, desagradável heheheh e uma depilação com gilete, do antebraço, peitoral e da coxa. Em seguida deitei na maca e fui para o bloco. Lá chegando fechei os olhos, fiz minhas orações, pedi proteção, pensei na minha família, amigos e familiares, e ao abrir os olhos e acompanhar a movimentação dos enfermeiros rapidamente foi injetado o sedativo ou anestesia e não vi mais nada. Quando eu menos esperava dois dos meus receios já tinha caído por terra, como seria dormir sem ter sono? O que sentimos quando injetam a anestesia? as respostas foram simples: não sei ,porque foi muito rápido, e nada, parece que apertam nosso botão de desligar. 
     Cirurgia feita, tudo dentro do previsto graças a Deus e aos profissionais que fizeram todo o procedimento. Acordo na sala de recuperação totalmente sonolento desorientado e desentubado, a primeira refeição que tive foi um sorvete para aliviar a agressão dos tubos para a ventilação, ainda desorientado pela anestesia só me recordo da voz da enfermeira, a sensação é que comi o sorvete de olhos fechados. Ao recobrar a plena consciência me senti bem, claro que algumas dores na região onde é feito o procedimento, mas são dores totalmente suportáveis, sem contar que sempre estamos medicados. 
     Saí do bloco cirúrgico com um dreno, a um palmo do umbigo, uma sonda vesical e um fio de marca passo colocado como prevenção de uma arritmia. Minha respiração ficou um pouco encurtada pela dor e pelo dreno, mas me adaptei logo. Na unidade pós-operatória estive totalmente monitorado e sob supervisão de técnicos, enfermeiros, fisioterapeutas e médicos.          
     Nesse lugar temos que procurar descansar, pois, passamos por uma cirurgia de grande porte.       
     Após longos três dias na UPO fui liberado para o quarto, são retirados os drenos e o fio do marca passo, todos os dois doem um pouco. Já no quarto, no dia seguinte, tomei meu primeiro banho de chuveiro, caminhei pelo quarto, e já na primeira visita do fisioterapeuta, fizemos trabalho de respiração e caminhamos pelo corredor do andar.      Minha recuperação no hospital foi ótima após 5 dias no quarto retornei para casa com algumas orientações como controlar o sal dos alimentos, manter a rotina do hospital durante os 10 primeiros dias depois da alta, após 15 dias começar caminhadas leves de 500m em terrenos planos e remarcar nova consulta com o médico.”
       Hoje fazem 20 dias em que fiz a cirurgia estou me sentindo super bem, sofri bastante para dormir nos primeiros dias em casa, com dores nas costas mas nada como massagens e o passar dos dias. A cicatriz do meu corte já esta totalmente fechada, a do dreno esta demorando um pouco mais pois está localizada no abdômen, lugar que movimentamos muito. Limpo elas com soro fisiológico e com uma loção oleosa indicada pelo meu médico chamada Dersani.
     Tomo meu anti-coagulante rigorosamente todos os dias para não entupir minha válvula nova, desvantagem da válvula metálica, mas isso é um detalhe para não ter que passar por tudo isso de novo daqui a 10 anos duração média de uma válvula biológica.


     De válvula nova continuo minha recuperação, espero que meu relato possa informar e ajudar a passar um pouco de tranquilidade para quem precisa fazer cirurgia cardíaca, fico a disposição para dúvidas, criticas e sugestões.


Grande abraço a todos! 

VÁLVULA


FOTOS

Meus agradecimentos a todos da minha família, meus verdadeiros amigos, ao pessoal Centro Espírita Luz da Esperança de São Francisco de Assis, a todas as pessoas que estiveram comigo nesta empreitada, a todos os funcionários do IC e em especial a Fátima ao João Francisco e a Cristiane, minha Família.